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Notícias / Opinião

Para Michael Douglas, executivos usam coordenadores de intimidade para tirar controle de cineastas

“Na minha experiência [como ator], você assume a responsabilidade como homem de garantir que a mulher esteja confortável”, disse o ator

Michael Douglas (Foto: Dimitrios Kambouris/Getty Images)
Michael Douglas (Foto: Dimitrios Kambouris/Getty Images)

Michael Douglas é conhecido por ser um galã e, portanto, o ator já fez inúmeras cenas de sexo nas produções que protagonizou. Ele não concorda, no entanto, com a necessidade de haver coordenadores de intimidade na gravação de cenas íntimas. Em entrevista ao Radio Times, o astro de Atração Fatal (1987) e Instinto Selvagem (1992) deu sua opinião sobre esses profissionais e sobre como ele sente que “parece que executivos tiram o controle dos cineastas” no set.

“É interessante com todos os coordenadores de intimidade”, disse Douglas durante a entrevista. “Parece que os executivos estão tirando o controle dos cineastas — mas houve algumas gafe e assédio terríveis.” Ele ainda brincou que “já passou da idade em que preciso me preocupar com isso,” não sem antes ressaltar que, ao longo dos anos, a maneira como essas cenas são filmadas mudou.

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“Cenas de sexo são como cenas de luta, é tudo coreografado”, disse Douglas. “Na minha experiência, você assume a responsabilidade como homem de garantir que a mulher esteja confortável, você conversa sobre isso. Você diz: 'OK, vou tocar em você aqui, se estiver tudo bem'. É muito lento, mas parece que está acontecendo organicamente, o que esperamos que seja uma boa atuação.”

“Tenho certeza de que houve pessoas que ultrapassaram seus limites, mas antes, parecíamos cuidar disso sozinhos”, disse Douglas. “Eles ganhariam uma reputação e isso cuidaria deles. Mas conversei com as mulheres, [porque] fiz alguns daqueles filmes de sexo — filmes sexuais — e brincamos sobre isso agora, como teria sido ter um coordenador de intimidade trabalhando conosco…” Disse o ator, que afirmou ter procurado ex-colegas de elenco para refletir como teriam sido as cenas de sexo se tivessem sido supervisionadas por coordenadores de intimidade.

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