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Nando Reis e Gaby Amarantos falam sobre duelo musical em Belém

“Tecnobrega e rock são irmãos, estão muito próximos”, acredita a cantora, que acabou vencendo a disputa

Lucas Reginato, de Belém Publicado em 12/11/2012, às 18h51 - Atualizado às 18h55

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Gaby Amarantos - Marcelo Maragni/Divulgação
Gaby Amarantos - Marcelo Maragni/Divulgação

Na última sexta, 10, em Belém, dois palcos foram montados em dois extremos do grande Amazônia Hall. Em um deles subiu Gaby Amarantos, acompanhada de seus músicos munidos de guitarras e efeitos eletrônicos, enquanto do lado oposto entraram em cena Nando Reis e os Infernais. Durante quase duas horas, os músicos protagonizaram não só uma batalha musical, no evento chamado Redbull Soundclash, mas também fizeram uma demonstração da diversidade da música brasileira.

Gaby Amarantos x Nando Reis: veja como foi o duelo musical em Belém.

“É justamente a diferença que nos aproxima. Porque tocar uma música de uma outra pessoa já é considerar a diferença”, explicou Nando, que teve que se virar para tocar alguns hits como “Xirley” em uma versão bem diferente da original. “Óbvio, não é como se eu pudesse tocar qualquer música de qualquer outra pessoa, porque existem formas para tocar determinado tipo de música. Foi custoso e levou tempo para se envolver e aprender a tocar. Mas isso não é diferente daquilo que eu tenho que fazer com minhas próprias músicas.”

“A música é um estado de espírito, é o que você faz, é o que você sente”, afirma o cantor. “Então, cantar com a Gaby é igual a cantar comigo mesmo – Gaby e eu somos iguais”, afirma. A paraense concorda com a proximidade não só entre eles dois, como entre seus estilos musicais. “Tecnobrega e rock são irmãos, estão muito próximos. O sentimento é o mesmo, a história é muito parecida”, garante ela, enquanto ele completa: “Esta ideia que as pessoas têm de que a música que eu faço é distante daquilo que ela faz, como se a distância musical tivesse correspondência geográfica, é equivocada”.

Gaby ressalta ainda que o mais importante de tudo é a valorização de seu estilo de música e de sua cidade natal, que, segundo ela, nunca tinha antes recebido um evento deste porte. “Eu mais do que ninguém sei do preconceito que a gente sofreu há sete anos, quando fazíamos música ‘de bandido’”, lembra. “Então, ver o Nando fazendo minhas músicas é muito gratificante.”