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Monsters of Rock 2015: representante do new metal, Coal Chamber se esforça para agradar, mas soa deslocado no line-up

Banda norte-americana tocou na tarde deste sábado, 25, primeiro dia de festival

Lucas Brêda Publicado em 25/04/2015, às 14h58 - Atualizado às 16h45

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“Viemos para despertar a loucura ao nosso redor”, diz vocalista do Coal Chamber. Banda se apresentou no Monsters of Rock 2015.  - Gustavo Vara
“Viemos para despertar a loucura ao nosso redor”, diz vocalista do Coal Chamber. Banda se apresentou no Monsters of Rock 2015. - Gustavo Vara

Apesar de carregar “rock” no título, o Monsters of Rock é conhecido por ser um festival predominantemente de metal – abrindo espaço para atrações de diversas vertentes do gênero. O new metal, que em 2013 dominou um dia praticamente inteiro – com os bastiões Slipknot, Korn e Limp Bizkit –, este ano, ficou restrito ao Coal Chamber que, deslocado no line-up deste sábado, 25, teve a apresentação comprometida pela frieza da plateia.

“Vamos despertar a loucura ao nosso redor”, diz vocalista do Coal Chamber.

Entusiasmada, a banda norte-americana subiu ao palco com poucos minutos de atraso (já eram mais de 14h20) disposta a consolidar o retorno após um hiato de seis anos. A maior parte do público – que saiu de casa para ver dinossauros como Motörhead, Judas Priest e Ozzy Osbourne –, contudo, não chegou a ser contagiado com a energia despejada pelo quarteto, que se apresenta de maneira tão excêntrica quanto suas músicas.

O repertório teve início com “Loco” e “Big Truck” – ambas de Coal Chamber, disco de estreia potente e influente do grupo – e seguiu com a apagada “I.O.U. Nothing”. “Temos um disco saindo”, anunciou o vocalista Dez Fafara, comentando o trabalho inédito, que trará o single. “O primeiro em 13 anos”, relembrou. O álbum, que é também o primeiro depois da reunião da banda, chega às lojas no fim de maio.

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Em “Fiend”, os fortes e rasgados vocais de Fafara chegaram a despertar tímidas rodas de pogo na fatia da plateia mais próxima ao palco – que se mantiveram até o fim do show –, mas as guitarras industriais e os cabelos descoloridos de Meegs Rascon não pareceram agradar o público mais distante, ora indiferente ou entretido em conversas, ora gritando injúrias ou exibindo o dedo do meio.

Vieram “Rowboat” – cantada ao megafone – e “Something Told Me” (de Dark Days, 2002), depois “Clock”, “Drove”, “Not Living”, “Dark Days” e “I”, antes de Fafara desabafar. “Quero que vocês dancem!”, pediu, emendando: “Não fiquem parados! Vocês vieram para se divertir, não foi?”. Depois dos gritos do líder do Coal Chamber, o clima passou a ser mais favorável para a reta final do show, que ainda contou com a inédita “Rivals” e a – talvez única – celebrada com contundência “Sway”.

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Em meio a monstros do heavy metal, o “novo” Coal Chamber fez de tudo para agradar: da bateria com estampa da bandeira do Brasil aos agradecimentos constantes do vocalista. O representante do new metal no Monsters of Rock 2015, contudo, pareceu um convidado esquisito e indesejado (sendo, inclusive, a única banda com uma integrante mulher) em uma festa de um grupo fechado. Como consolo, restaram os aplausos respeitosos ao fim da apresentação.

O Monsters of Rock 2015 acontece na Arena Anhembi, em São Paulo, nos dias 25 e 26 de abril. A Rolling Stone Brasil está acompanhando o festival e faz a cobertura completa no site, Twitter, Facebook e Instagram.