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HOTLIST #13

Lançamentos brasileiros mais quentes da semana, escolhidos pela Rolling Stone Brasil

Pedro Antunes, editor-chefe Publicado em 10/07/2020, às 14h00

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Imagem HOTLIST #13

Uma HOTLIST que tem indicações de Caetano Veloso é especial por si só, certo? Além da nova música do Hiran, com participação de Tom Veloso, ainda temos aqui Kell Smith, Cidade Dormitório, Lienne, Rafa Castro, Amen Jr, Ginge, Caramelows, 1LUM3, Enio Berlota & A Nóia, BEL, Vitreaux, Octavio Cardozzo, Cat Vids, Sain, Vella, Índigos, JP e Matheus Fleming.

Sim, foi uma semana cheíssima de novos sons. Vamos nessa?

Kell Smith - 'Seja Gentil'

"Esse clipe é uma corrente de gentileza", anuncia o vídeo de "Seja Gentil", lançado por Kell Smith, com direção de Mess Santos.

A música integra o EP dela lançado neste ano, O Velho e o Bom Novo. Com um clipe feito com vídeos enviados por pessoas em momentos de autocuidado, o trabalho exala leveza. Como canta Smith: "seja gentil com você". Em tempos tão loucos, o autocuidado é tão importante, não é? [Texto: Pedro Antunes]


Hiran e Tom Veloso - 'Gosto de Quero Mais'

Viciante e com gosto de quero mais. Flertes da batida do funk aliados ao violão embalam a deliciosa "Gosto de Quero Mais", faixa do novo disco de Hiran, chamado Galinheiro (e disponível nas plataformas digitais aqui). Tom Veloso participou da composição e do videoclipe, lançado nesta quinta, 9, sob a direção de Marina Benzaquem.

A canção propõe um encontro entre os universos musicais entre Tom e Hiran, enquanto os versos tratam de amores lascivos, delirantes e deliciosos.

Caetano Veloso aprovou a música, inclusive, e deu o depoimento a seguir: "Comove o vídeo de Hiran com a canção "Gosto de Quero mais", parceria dele com Tom Veloso. Se for assim, eu é que quero mais. Esse mundo civilizado sacando as formas musicais primitivas, o canto-círculo flertando com a ponta-de-lança da produção moderna e a saúde da norma transando com a beleza da transgressão. Hiran dançando com Tom, as meninas (com Majur quase escondida entre elas), flash de Matheus, Tom dançando com Hiran. Acaba, dá vontade de ver de novo. Sou baiano. Sou pai de um deles. Fiquei emocionado. Dá vontade de ter filho, ter neto, de ver mais gente chegando por trás do box embaçado. O mundo não está acabando. Vi começos. Se é assim, quem quer mais sou eu."

Eu também, Caê. [Texto: Pedro Antunes]


Cidade Dormitório - 'Verōes e Eletrodomésticos'

A incrível banda Cidade Dormitório revisita as canções dos trabalhos Fraternidade-Terror (disco de 2019) e Esperando o Pior (um EP de 2017) em versões pseudo-jocosas e delirantes em "Verões e Eletrodomésticos" (disponível nas plataformas digitai aqui), com beats criados pelo baterista Fábio Aricawa, mixado e masterizada pelo paulistano lllucas.

Os sergipanos brincam com a ideia da coletânea "Summer Eletrohits", mas "às avessas", e apresenta um novo e universo estético para canções já ótimas. [Texto: Pedro Antunes]


Lienne - 'Canto de Iemanjá'

A cantora e compositora Lienne gravita pela música de Vinicius de Moraes com uma versão afetiva, melancólica e contemporânea de "Canto de Iemanjá", música criada pelo poetinha e Baden Powell.

O lançamento se dá justamente na semana marcada pelos 40 anos da morte de Vinicius. 'Canto de Iemanjá' forma uma ponte entre a obra de Lienne e os novos trabalhos da artista, com uma aproximação estudiosa dos afro-sambas. [Texto: Pedro Antunes]


Rafa Castro - 'Teletransportar'

Rafa Castro canta o sonhar por um mundo mais fraterno. O discurso da música 'Teletransportar', faixa que dá nome ao disco dele (disponível nas plataformas digitais aqui), faz mais sentido ainda em julho de 2020 do que de abril deste mesmo ano, quando o álbum foi lançado.

Encurralado pelo isolamento social, o artista promove uma visita ao material do disco mais recente com uma session de instrumentação desnuda. Foca-se na voz, nos arranjos singelos e na mensagem. A versão de 'Teletransportar' foi registrada na vertical, o que dialoga com a linguagem audiovisual de smartphones e aplicativos como Instagram. [Texto: Pedro Antunes]


Amen Jr - Ladeira Abaixo

Uma das bandas mais cool da atualidade, Amen Jr segue seu plano de "dominação mundial" com a viciante nova música, 'Ladeira Abaixo'. Com pegada de "música de arena" e refrão que estoura, a nova música trata das jornadas particulares. E, principalmente, de resistência.

Sem melancolia, entorpecida de sintetizadores e efeitos nas vozes, "Ladeira Abaixo" (disponível nas plataformas digitais aqui) apresenta um salto estético. Soa robusta e grave se comparada a "Você Me Faz Tão Bem', o single anterior do trio.

Interessante perceber metades sonoras do novo álbum do Amen Jr, mais pop ou mais recheada, nos dois singles já lançados, produzido pelo reizinho do emo brasileiro Lucas Silveira, da Fresno. [Texto: Pedro Antunes]


Ginge - 'Marília'

Espécie de dream team da música indie mineira, Ginge é formado por Bruna Vilela (guitarra e voz), Fernando Motta (guitarra e voz), Marcela Lopes (baixo e voz) e Vitor Brauer (bateria e voz), e prepara um EP de estreia com lançamento previsto para ser lançado em 23 de julho.

Amores contemporâneos são explorados na ruidosa "Marília", escolhida como single desse novo trabalho - e uma homenagem à Marília Mendonça. Ou seja, indie barulhento somado à rainha da sofrência brasileira. Não tem como dar errado, né? [Texto: Pedro Antunes]


Caramelows - 'Melows em Casa'

Banda delirante e inventiva, os Caramelows acabam de soltar um EP criado durante o período de isolamento social, com o simpático nome de Melows Em Casa (disponível em todas as plataformas digitais aqui) e três canções.

Aqui, ao longo de 14 minutos, o grupo mostra muito do que é o processo criativo. Como o isolamento leva artistas a criarem dentro de ambientes caseiros e como a nova rotina também afeta a arte.

O grupo também soltou o clipe de "Salif Berry (Vai Estourar)”, disponível abaixo. [Texto: Pedro Antunes]


Enio Berlota & A Nóia - O Peso do Mundo

Enio Berlota & A Nóia mostram o peso do mundo nas nossas costas, enquanto o patrão quer "arrancar seu culhão". Pulsante e ruidosa, a nova música do grupo reflete sobre o tempo em que vivemos. "Tempos de peste, trevas, retrocesso cultural e social", como diz o texto de apresentação da faixa.

"O Peso do Mundo" (disponível nas plataformas digitais aqui) é furiosa e ganhou um videoclipe que pode ser assistido abaixo.


1LUM3 - 'Extremo'

Venosa, que ativa o senso de perigo, essa é a nova música da 1LUM3, "Extremo", a primeira de um projeto de singles previstos para 2020. A música tem feat. de liev e produção de JLZ.

Uma guitarra distorcida de Iiev invade um universo estético de beats sintéticos, a acompanhar a voz da cantora ou, mesmo, solar sozinha nos minutos finais da canção. "Achei que era só dor, mas era só mal-estar", canta 1LUM3, nessa poderosíssima e desalentadora faixa [Texto: Pedro Antunes]


BEL - 'Islas de Afecto'

Bel Baroni, que assume a personalidade artística de BEL (assim mesmo, com letras maiúsculas), lançou o poderoso clipe de "Islas de Afecto", talvez a minha faixa favorita do EP "O Gole Que Presta", produzido por Maria Beraldo e lançado em 2019. Os versos também são um poema lançado por Bel/BEL no livro "Redondezas".

O clipe de Islas de Afecto é tão poético quanto os versos ao entregar cenas de afeto, amor e carinho em relacionamentos homoafetivos. O vídeo está disponível na plataforma Vimeo, já que foi lamentavelmente vetado pelo YouTube e é indicado para audiências maiores de 18 anos. Assista aqui. [Texto: Pedro Antunes]


Vitreaux - Na Espera da Fila

A Vitreaux pode ser sua nova banda favorita se você curtir construções e estéticas com influências do rock dos anos 1960 e folk ou curta discos conceituais com faixas que dialogam entre si. Na Espera da Fila (disponível nas plataformas digitais aqui) é um álbum de gestação longa: as primeiras músicas foram criadas em 2016, quando estávamos à beira desse atual precipício, com o impeachment de Dilma Rousseff.

Quatro anos se passaram, e cá está o abismo. E cá está Na Espera da Fila, também, pertinentemente atual e contemporâneo, como uma figura atemporal a la Doctor Who, sabe? [Texto: Pedro Antunes]


Octavio Cardozzo feat. Helio Flanders - 'Seu Olhar'

"Seu Olhar", com a participação elegantíssima de Helio Flanders, funciona como a primeira prévia do que será o álbum Tá Todo Mundo Mal, terceiro disco de Octavio Cardozzo, previsto para o segundo semestre de 2020.

O clipe, que pode ser assistido abaixo, foi concebido pelo coletivo belo-horizontino Peleja Lab, formado por Octávio, Gabriel Bruce (da banda Graveola) e PC Guimarães, com colagens e linguagem retrô.

Cardozzo e Flanders se revezam em versos assinados por Marina Sena, uma das vozes da banda Rosa Neon. São previstos ainda mais 2 singles antes do novo disco. "Seu Olhar" é cândida, meio boleresca, e foi toda gravada em fita e ao vivo, por isso a sensação de quentura que ela traz. [Texto: Pedro Antunes]


Cat Vids - 'Cingarro'

A nova música de Cat Vids, "Cingarro", marca um importante passo para a carreira da banda. Em português, a canção inaugura fase que desaguará no álbum Radicalíssimo. Além das letras em português, a surf music a 120Km/h também ditará o ritmo das composições do Cat Vids a seguir.

Junto de "Cingarro", o artista também soltou o último episódio da minissérie Como Gravar Um Disco De Sucesso, com o episódio "Ensaio Fotográfico", que tem a participação de Rogério Skylab. [Texto: Pedro Antunes]


Sain - '23:11'

Flamenguista, o rapper Sain foi convidado para criar a trilha sonora da minissérie sobre o título da equipe na Copa Conmebol Libertadores, que estreia on dia 14 de julho, no Facebook Watch, às 21h30.

"23:11" (disponível nas plataformas digitais aqui) é o nome da faixa criada por ele para a série A Gloria Eterna. Grave poderoso, discurso inflamado e declaração de amor ao clube do coração. "Eles nunca vão entender o peso desse manto", rima Sain. "Isso é Flamengo. Vai segurando". [Texto: Pedro Antunes]


Vella - 'Peixe de Prata'

Bem-vindos ao universo introspectivo e esfumaçado de Vella, o projeto de Felipe Vellozo. O EP 'Peixe de Prata' (Balaclava Records) inclui os 3 ótimos singles lançados pelo artista ao longo de 2019 e 2020 e mais 3 novas canções que se conectam nesse ambiente sonoro que une orgânico e sintético.

Tem dream pop conectado com referências BR de pós-Tropicália entrelaçados por  uma linguagem bastante própria e singela. Ah, e o Vella ainda é baixista da banda da Duda Beat, veja só! [Texto: Pedro Antunes]


JP - 'Chorei Dendê'

Choooooora, Dendê. Das dores mais sofridas de um amor desarranjado vem o novo trabalho do grande JP. Autor do belíssimo disco Submarine Dreams (2016), JP começa construir a nova jornada com a música "Chorei Dendê" (disponível em todas as plataformas digitais aqui)

Não se engane pelo ritmo da faixa, bastante rebolativo, ou pela leitura rápida de se tratar de uma canção de saudade da Bahia. JP canta a saudade de um amor distante, e isso machuca. A vibe axézeira misturada com os vocais indie rasgados dele só deixam o tempero ainda melhor. [Texto: Pedro Antunes]


Matheus Fleming - 'O Fim é o Começo'

Poucos meses depois de lançar o álbum Lembranças do Futuro, Matheus Fleming (guitarrista da ótima banda Young Lights) solta o EP O Fim é o Começo, um trabalho que dá seguimento às experimentações e piruetas instrumentais bastante melódicas e melancólicas encontradas no disco.

'O Fim é o Começo' é fruto desse período de isolamento social, por isso as canções são também mais claustrofóbicas (no bom sentido) e ansiosas também. Fleming faz arte das crises que todos com o privilégio de ficar em casa sentimos.

Soa como se ele colocasse a gente em um cômodo de um apartamento vazio em alguma metrópole e iniciasse um desabafo, com a voz ecoando pelas paredes brancas. Mas tudo isso em forma de música, com poucas intervenções vocais, sacou? Ótimo! [Texto: Pedro Antunes]


Índigos - 'Medo'

"Essa é uma valsa com tom intimista e, ao mesmo tempo, muita atitude. Falar sobre medo, naturalmente, requer momentos de extrema tensão e angústia. Mas, não só", explica o comunicado da Índigos sobre "Medo", faixa lançada como single e clipe, como prévia do terceiro álbum da banda.

"Medo" é conduzida por guitarra no talo, violão como base e piano de André Oliveira, da Banda Eddie, para acrescentar dramaticidade.