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Ezra Koenig defende as letras do Vampire Weekend: são impressionistas

Para vocalista, todas as frases são conectadas; para os fãs, nem tanto

Redação Publicado em 03/05/2019, às 14h37

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Ezra Koenig, vocalista do Vampire Weekend (Foto: Robb D. Cohen / Invision / AP)
Ezra Koenig, vocalista do Vampire Weekend (Foto: Robb D. Cohen / Invision / AP)

Vampire Weekend voltou à ativa ao lançar Father of the Bride, novo disco, nesta sexta, 3. O trabalho quebra uma pausa de seis anos desde Modern Vampires of the City, disco de 2013, e vem com tudo: são 18 faixas ao todo.

Mas, enquanto os trabalhos anteriores da banda tinham canções subjetivas e misteriosas, o novo disco aposta em algo conciso, fluido e direto. Com isso, muito menos gente vai se confundir e interpretar erroneamente o que Ezra Koenig, o vocalista, quis dizer ao escrever cada uma das canções. Agora, as frases realmente se unem uma à outra de forma direta, e não mais com  apenas algumas ideias jogadas no ar.

“[Os fãs] nos deram muito crédito no passado. Eles explicavam que a gente contava histórias sobre Nova York ou a vida na faculdade. Mas não acho que contemos histórias”, contou o músico em entrevista ao Irish Times.

“A gente faz colagens, e colagens não são histórias. Ambas são formas de arte, mas quando você já fez colagens demais, talvez você queira começar a fazer aulas de desenho. Mas [as letras] significam muito para mim, e fico magoado quando dizem que nossas músicas não fazem sentido. Elas fazem. São impressionistas”, comentou.

Depois de trabalhar bastante em ideias abstratas, o Vampire Weekend resolveu seguir novos rumos para não cair na mesmice. “O auge da colagem foi com 'Step', música [do disco de 2013]. O refrão são várias frases como ‘as luvas foram tiradas, e os sisos removidos’. É uma colagem [...] É um sentindo maior do que as unidades. E depois disso, eu não queria fazer versões piores de colagens. Eu sempre serei o tipo de pessoa que começa com frases, mas queria um lugar novo para ir”, completou Koenig.

“Nós estávamos coniventes com isso. O que mais me dá orgulho é que as músicas têm uma franqueza que eu sempre tive medo, ou era incapaz, de conseguir de no passado”, disse sobre as faixas de Father of the Bride.

“É bem enxuto, mas não na quantidade de faixas. Quando as ideias começaram a vir, vieram com tudo, e eu sabia que tinha muita coisa ali. Eu queria espaço para poder colocar coisas pesadas perto das leves, e estupidez ao lado de inteligência. Todas as canções têm um objetivo”, completou.

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