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Com auxílio emergencial reduzido, Bolsonaro criou orçamento secreto de R$ 3 bilhões para parlamentares

Segundo o Estado de S. Paulo, o governo federal manteve o valor para garantir apoio no Congresso

Redação Publicado em 10/05/2021, às 16h58

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Jair Bolsonaro (Foto: Gabriela Bilo / Estadão Conteúdo / Agência Estado / AP Images)
Jair Bolsonaro (Foto: Gabriela Bilo / Estadão Conteúdo / Agência Estado / AP Images)

Uma reportagem do jornal Estado de S. Paulo divulgou que o governo federal montou um orçamento secreto de R$ 3 bilhões em emendas para garantir o apoio de parlamentares. A notícia gerou diversas críticas a Jair Bolsonaro, que recusou vacinas contra Covid-19 e reduziu o auxílio emergencial à população em vulnerabilidade. As informações são do UOL.

Em 2021, o auxílio emergencial vai de R$ 150 a R$ 375 - e a mudança representa uma grande queda no valor, que em 2020 era de R$ 600. A redução reflete a diminuição do montante autorizado pelo Congresso para o benefício: de R$ 295 bilhões em 2020 a R$ 44 bilhões em 2021. Diante desse cenário, a notícia do orçamento secreto de Bolsonaro gerou diversas críticas. 

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Do valor total do orçamento secreto, cerca de R$ 271 milhões foram gastos com tratores, retroescavadeiras e equipamentos agrícolas superfaturados. Segundo o Estado de S. Paulo, o Ministério do Desenvolvimento Regional reconheceu em documento que a aplicação de R$ 3 bilhões foi definida pelos parlamentares, não pela pasta.

O orçamento paralelo aparece em 101 ofícios enviados por deputados e senadores a ministérios do governo federal. Conforme a matéria do Estado de S. Paulo, pela legislação, ministros deveriam definir o destino do orçamento público, não parlamentares.

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Um dos ofícios mostra o pedido de um deputado de Rondônia para a compra de tratores com o preço triplicado. "O governo aceitou pagar R$ 359 mil num trator que, pelas regras normais, somente liberaria R$ 100 mil dos cofres públicos", disse a matéria.

Os itens mais requisitados pelos parlamentares foram, justamente, os tratores. As máquinas são destinadas às prefeituras para obras em estradas e projetos de cooperativas da agricultura familiar. Segundo documentos analisados pelo Estado de S. Paulo, foram gastos R$ 15 milhões para a aquisição de 115 máquinas. No entanto, apenas 12 compras têm preços na tabela de referência de governo.

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