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Bebê nasce com anticorpos contra Covid-19 em Santa Catarina; entenda

A mãe Talita Mengali Izidoro é médica e recebeu a vacina com 34 semanas de gestação

Redação Publicado em 20/05/2021, às 13h19

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Mulher grávida em meio à pandemia de Covid-19 (Foto: Ian Waldie/Getty Images)
Mulher grávida em meio à pandemia de Covid-19 (Foto: Ian Waldie/Getty Images)

Na quarta, 19, a Secretaria de Saúde de Tubarão, no estado de Santa Catarina confirmou que um bebê nasceu com anticorpos contra Covid-19 no município. A mãe, Talita Mengali Izidoro, é médica e recebeu a vacina Coronavac com 34 semanas de gestação. As informações são do G1.

Enrico nasceu em 9 de abril, e dois dias depois foi realizado o teste que comprovou a presença de anticorpos contra Covid-19. O bebê foi acompanhado por diversos médicos, inclusive Daisson José Trevisol, Secretário de Saúde da cidade e responsável por divulgar o resultado de 22% de anticorpos na amostra analisada.

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Em entrevista ao G1, Talita Mengali Izidoro, mãe de Enrico, disse: "Ficamos felizes e emocionados e que sirva de incentivo a outras gestantes. É uma dose de esperança a todos". A médica informou que a decisão de ser imunizada foi feita em conjunto com o médico obstetra da família. 

Após receber o resultado do exame, feito em um laboratório catarinense, a família do bebê enviou para especialistas que também confirmaram a presença de anticorpos. O fato será transformado em artigo científico na pós-graduação de uma universidade da região - e fazem parte do estudo a mãe de Enrico, assim como a gerente e o secretário de Saúde de Tubarão.

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Enrico será acompanhado ao longo de diversos meses para avaliar se continua com anticorpos no sangue. A Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC) falou ao G1 sobre o caso: "Informamos que ainda não há protocolos estabelecidos pelo Ministério de Saúde (MS) para indicação e avaliação laboratorial de recém-nascidos de mães imunizadas contra a Covid-19".


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Em 12 de fevereiro de 2021, a enfermeira Mônica Calazans foi a primeira brasileira a tomar vacina contra a Covid-19. Desde então, a vacinação no país se manteve lenta - segundo levantamento do UOL, a imunização caiu 17% em maio.

De acordo com cálculo com base nos dados do consórcio de imprensa, o Brasil registrou menos vacinações diárias em maio do que em abril. Um dos principais motivos é a falta de imunizantes devido aos atrasos da chegada de insumos para produção das doses.

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Até 18 de maio, a média diária de vacinas aplicadas no mês foi de 681 mil pessoas, conforme divulgado pelo UOL. A queda foi de 17% em relação a abril, cuja média por dia foi de 822 mil pessoas que receberam a primeira ou segunda dose dos imunizantes. 

Apesar dos baixos números diários de vacinas aplicadas, o Brasil tem capacidade para vacinar cerca de 2,4 milhões de pessoas por dia. Devido à falta dos imunizantes, o país está longe de alcançar esse número.

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Terceira onda de Covid-19 no Brasil

Devido à desaceleração da vacinação e da diminuição do isolamento social no país, médicos e cientistas alertam para uma terceira onda da Covid-19 no Brasil nos meses do inverno.

Segundo o Instituto de Métricas de Saúde e Avaliação da Universidade de Washington, nos EUA, Brasil pode chegar a 751 mil mortes pela doença até 27 de agosto. O estudo da Universidade de Washington, destaque mundial pelas projeções certeiras, indica, no pior cenário, o patamar de 3.300 mortes diárias em 21 de julho - em 21 de setembro, o país alcançaria 941 mil óbitos pela doença.

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