Conhecido por seu trabalho no Extreme, Nuno Bettencourt reagiu ao boato de que cantora queria gravar um trabalho pesado, mas teria sido impedida
Uma das grandes artistas pop da atualidade, Rihanna já flertou com diversos gêneros ao longo de sua carreira. Nunca com o heavy metal, porém.
Em 2009, rodou a internet um artigo do tabloide britânico Daily Star dizendo que a cantora gostaria de fazer um álbum de som pesado, inclinado ao metal. Segundo o jornal, teria sido por essa razão que ela contratou o guitarrista Nuno Bettencourt, integrante do Extreme e um dos músicos mais habilidosos do instrumento dentro do rock. Porém, executivos de sua gravadora teriam vetado a iniciativa.
O texto apresenta até mesmo uma declaração que teria sido feita por Nuno, dizendo: “Quando falei com Rihanna, ela estava totalmente disposta a se transformar em uma garota do rock pesado. Ela estava ouvindo Led Zeppelin, além de bandas mais jovens como Paramore, e disse que era essa a direção que ela queria seguir, então eu aceitei.”
Desde então, criou-se uma enorme lenda urbana em torno do suposto desejo de Rihanna em gravar um trabalho orientado ao heavy metal. Ela lançou cinco álbuns neste período — Rated R (2009), Loud (2010), Talk That Talk (2011), Unapologetic (2012) e Anti (2016), mas nada de som pesado.
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No fim das contas, de acordo com Nuno Bettencourt, toda essa história não passou de uma grande mentira. O guitarrista disse, em entrevista à Classic Rock (via Ultimate Guitar), que não só Rihanna nunca planejou gravar um álbum de heavy metal, como também a tal declaração ao Daily Star foi completamente fabricada.
“Isso é uma mentira completa. É fabricado. É tão incorreto. Eu juro a você pela vida dos meus filhos que essas palavras nunca saíram da minha boca. É uma boa história — e acho que é por isso que ela foi escrita —, mas não é verdade de forma alguma.”
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Mas, afinal, o que fez Nuno ser contratado para se juntar à banda de Rihanna — ainda que somente para os shows, sem compromissos em estúdio? O guitarrista contou:
“O que aconteceu foi que eles entraram em contato comigo porque disseram que queriam um guitarrista e queriam um show arrasador, e eles viram algumas das minhas coisas na internet. Eu disse: ‘por que você me quer se não há guitarra em muitas das músicas?’. E me disseram que eles só queriam que eu fosse eu mesmo, que eu acrescentasse guitarras em músicas como 'Umbrella' e tudo mais, com acordes e riffs pesados. E eu pensei: ‘uau, isso é muito empolgante para um cara como eu, que ama todos os estilos musicais’. Foi assim que essa história começou. Mas ela não queria fazer um disco de heavy metal.”
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Acostumado a tocar complexas linhas de guitarra no Extreme — que lançará um novo álbum, Rise, no próximo dia 9 de junho, e tocará no Best of Blues and Rock, em São Paulo, sete dias antes —, Nuno Bettencourt pode passar a impressão de que está desempenhando um serviço fácil com Rihanna. Afinal de contas, são músicas menos complicadas de se performar.
Que nada. Em outra entrevista, agora ao canal de Herman Li no YouTube (via site Igor Miranda), ele garantiu que é muito mais difícil do que parece. “Também pensei que não seria tão difícil quando decidi tentar. Mas estava muito errado. Se você realmente ouvir o material de Rihanna, o que deveria, notará que vai do reggae a uma faixa club, passando pelo trap. Você tem que mudar o raciocínio entre uma música e outra para realmente fazer soar bem. Os músicos com quem você toca em um trabalho desses não são brincadeira. São os músicos dos músicos, os maiores do mundo.”
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