Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

Por que Justin Bieber aceitou vender catálogo musical por R$ 1 bilhão?

Decisão tomada pelo cantor geralmente é tomada por artistas veteranos, não por jovens que ainda estão no auge da carreira

Justin Bieber no Met Gala de 2021 (Foto: Getty Images)
Justin Bieber no Met Gala de 2021 (Foto: Getty Images)

Muitos fãs ficaram surpresos com a notícia de que Justin Bieber havia vendido os direitos sobre seu catálogo de músicas lançados do início da carreira até 31 de dezembro de 2021. Não apenas pelos valores — mais de US$ 200 milhões, o que ultrapassa R$ 1 bilhão na cotação atual —, mas também por ser um artista jovem a tomar tal decisão, após oferta da Hipgnosis Song Management em parceria com a Blackstone Inc.

Conforme destacado em texto publicado pela Rolling Stone Brasil, há uma tendência nos dias de hoje entre músicos veteranos renomados que deixaram seus legados musicais nas mãos de empresas de música especializadas. As corporações recebem royalties e todo outro tipo de renda relacionada àquelas canções no lugar dos autores, que ganham uma enorme quantia, em uma tacada só, a ser deixada para seus herdeiros.

Isso parece fazer sentido para vários dos veteranos que fizeram isso, como Bob Dylan, Genesis, Neil Young, Mötley Crüe, Sting, Red Hot Chili Peppers, Bruce Springsteen, entre outros. Já no caso dos mais jovens, esse pode ser um negócio arriscado tanto para as empresas (já que não dá para saber o legado deixado por esse catálogo), quanto para os artistas (que poderiam render ainda mais com essas obras, embora a longo prazo). Por que, então, esse acordo foi fechado?

+++LEIA MAIS: Justin Bieber: Loja remove coleção após cantor chamar produtos de 'lixo'

Justin Bieber e os riscos eliminados

Conforme explicado pela BBC, a decisão tomada por Justin Bieber elimina qualquer risco relacionado à sua carreira a partir daqui. O cantor poderia apostar em uma manutenção do status de sua carreira para seguir lucrando com os direitos — ele é inegavelmente um dos grandes popstars da atualidade — ou simplesmente vender tudo de uma vez “por uma quantia astronômica”.

Ao optar pela segunda opção , o artista pode, ainda de acordo com a BBC, “aplicar seu dinheiro como bem quiser”. Isso elimina “os riscos do futuro”, caso ele deixe de ser um artista do mesmo porte que hoje ou suas músicas parem de tocar na frequência atual.

+++LEIA MAIS: 7 shows cancelados no Brasil em 2022: de Justin Bieber a The Calling [RANKING]

Bom para os dois lados

A empresa que adquiriu o catálogo de Justin Bieber também não é nada boba. A Hipgnosis é gerenciada por Merck Mercuriadis e o executivo declarou que hits na música podem ser “mais valiosos do que ouro ou petróleo”. Ele acredita que os direitos em torno das canções de Justin Bieber seguirão rendendo por “60 ou 70 anos”, visto que o público do artista é relativamente jovem.

+++LEIA MAIS: As 20 piores músicas de Natal de todos os tempos: de Justin Bieber a Stevie Wonder