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Em que o pop é melhor do que o rock e metal, segundo Nita Strauss

Guitarrista de Alice Cooper teve experiência recente como integrante da banda da cantora Demi Lovato

Nita Strauss (Foto: Getty Images)
Nita Strauss (Foto: Getty Images)

É natural que fãs de rock, especialmente heavy metal, pensem que seu nicho seja melhor que o de outros estilos musicais. A guitarrista Nita Strauss, que transitou por ambos, está aqui para apontar que nem tudo ocorre dessa forma.

Talento nato das seis cordas, Nita se tornou amplamente conhecida pelo trabalho junto do cantor Alice Cooper, a maior lenda do chamado shock rock. Faz quase uma década que os dois trabalham juntos, em uma parceria que foi iniciada em 2014 e só teve uma breve pausa, entre 2022 e 2023, enquanto a guitarrista excursionava o mundo com a banda de Demi Lovato, nome gigante do pop contemporâneo que tem se aproximado do rock ultimamente.

Diante disso, Strauss foi convidada a apontar as diferenças entre os nichos do rock/metal e da música pop. Em entrevista ao Full Metal Jackie (via site Igor Miranda), a musicista definiu inicialmente como “incrível” a experiência junto de Lovato, ainda mais em um momento de transição na carreira da artista.

“Venho do mundo do rock, hard rock e metal e estou acostumada com fãs furiosos sempre que algo muda. Demi mudou o estilo dela inteiro, as roupas, o estilo musical, rearranjou todos os hits… ela tem uma música chamada ‘Cool for the Summer’, que tem bilhões de plays no Spotify, e fez uma versão pauleira com um pouquinho de Metallica no meio.”

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Veio daí o aspecto onde, na opinião de Nita, o pop se mostra melhor que o rock/metal: os fãs têm a mente mais aberta para mudanças. Experiências passadas no nicho da música pesada fizeram a guitarrista imaginar que a cantora seria criticada por adotar uma nova pegada, mas a reação vista foi totalmente oposta.

“Os fãs adoraram. Os fãs a apoiavam e se esgoelavam até o fim de cada show. Não houve reação negativa. Não teve nenhum: ‘Não é assim que você deveria soar. Não foi isso que a gente queria. A gente quer a Demi de antes’. Nada dos fãs tentando mandar nos outros, que a gente vê no estilo musical com o qual estamos acostumados.”

Nita Strauss e Demi Lovato

A turnê que Demi Lovato realizou com Nita Strauss em sua banda teve o intuito de promover o álbum Holy Fvck, cuja sonoridade se inclina ao rock, em especial ao pop punk. O giro chegou a passar pelo Brasil entre agosto e setembro do ano passado, com apresentações em São Paulo (duas datas), Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

Acostumada a realizar solos bem elaborados e complexos no segmento da música pesada, Strauss contou em entrevista ao Metal Injection (via Ultimate Guitar) que o trabalho com Lovato também lhe entregou momentos de destaque. Porém, as diferenças na forma de se conduzir uma apresentação ao vivo eram nítidas.

“Um músico contratado precisa ser capaz de se adaptar aos diferentes estilos de qualquer show, mantendo sua personalidade e energia. Muitas coisas com Demi eram novas. Fazia 15 anos, até mais, que eu não era a única guitarrista em uma banda. Precisei trabalhar a mão direita, que corresponde ao aspecto rítmico. Muitas das escolhas de notas nos riffs, as partes limpas que estão nesses arranjos de música mais pop e pop punk são coisas que eu realmente não faço. E há muitos solos no show, grandes pontos de destaque onde posso ir para a frente do palco e me exibir. Isso também é um ajuste, encontrar como posso me encaixar neste formato.”

Para a sequência do ano, Nita Strauss está de volta à banda de Alice Cooper. A guitarrista também anunciou seu segundo álbum solo, The Call of the Void, para 7 de julho. O disco conta com participações especiais de vocalistas como Lzzy Hale (Halestorm), Dorothy Martin (Dorothy), David Draiman (Disturbed), Anders Fridén (In Flames) e o próprio Alice, entre outros.