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11 de Setembro: Viúva de piloto relembra ataques às Torres Gêmeas: 'Percebemos que éramos uma nação em guerra'

Ellen Saracini é viúva de Victor Saracini, piloto do avião usado pelos terroristas para atingir a Torre Sul do World Trade Center

Redação Publicado em 11/09/2021, às 12h00

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As Torres Gêmeas (Foto: Spencer Platt/Equipe)
As Torres Gêmeas (Foto: Spencer Platt/Equipe)

Ellen Saracini, viúva de piloto dos ataques às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001, que completaram 20 anos em 2021, relembrou ao The Independent sobre quando viu os aviões atingirem os prédios e comentou: "Percebemos como éramos uma nação em guerra." No ataque terrorista, cerca de 3 mil pessoas morreram e mais de 6 mil ficaram feridas.

O marido de Ellen era Victor Saracini, piloto de 51 anos e capitão do Voo 175 da United Airlines. O avião pilotado por Victor era um dos quatro sequestrados por terroristas da Al-Qaeda e usados ​​para atacar locais de Nova York e Washington, D.C., capital dos Estados Unidos.

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Após o avião decolar de Boston com destino a Los Angeles, terroristas invadiram a cabine e mataram o piloto e o primeiro imediato, Michael Horrocks. Os sequestradores então voaram com o avião para a Torre Sul do World Trade Center (WTC), atingindo-a às 9h03 no horário de Nova York.

O ataque à Torre Sul foi o segundo avião a atingir World Trade Center. Menos de 20 minutos antes, outro avião sequestrado, o Voo 11 da American Airlines, fora lançado contra a Torre Norte. Para muitas pessoas, incluindo Ellen Saracini, foi o momento no qual souberam como nada disso era acidente.

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"Quando o avião de Victor caiu, percebemos como éramos uma nação em guerra," afirmou Ellen ao The Independent. A viúva explicou como estava na escola dos filhos no momento do ataque, supervisionando uma reunião de voluntários, quando as primeiras notícias chegaram sobre a tragédia em Nova York.

Ellen relembrou de alguém dizer a ela sobre um avião da American Airlines estar envolvido. Por conta disso, "cancelou a reunião e foi para casa ver [aquilo] na TV." Por volta das 10h30, Victor Saracini foi dado como morto. Uma semana depois, ela e as filhas, Brielle e Kirsten, compareceram a uma missa em homenagem ao marido, quem recebeu honrarias da marinha dos Estados Unidos e uma bandeira dobrada do país.

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Nos anos seguintes aos ataques, Ellen Saracini trabalhou com determinação para melhorar a segurança da aviação e, em particular, para garantir como as cabines dos aviões tivessem uma segunda porta. Em 2019, teve um verdadeiro sucesso quando o Congresso dos EUA aprovou a Saracini Aviation Safety Act ("Lei Saracini de Segurança da Aviação," na tradução livre), e passou a exigir uma segunda porta da cabine em todas novas aeronaves.

"Podemos concordar como o 11 de Setembro mudou o mundo. Há coisas sobre esse dia ainda não respondidas. Não foram divulgadas, não foram protegidas novamente," continuou. "Então essa é a minha parte em me levantar, corrigir os erros. Não vou parar. Você sabe, as tripulações de voo, os irmãos e irmãs de Victor estão voando. Tornaram-se meus irmãos e irmãs. Não podemos deixá-los vulneráveis ​​lá em cima."

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"E será o legado de Victor, que ele não teria morrido em vão," finalizou Ellen Saracini.