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Uma Vida Selvagem

Joan Jett fala sobre a cinebiografia do Runaways e sobre ser representada por Kristen Stewart

Por Melissa Maerz Publicado em 11/05/2010, às 06h22

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<b>PARCEIRAS</b> Joan Jett e Kristen Stewart - Film Magic / Getty Images
<b>PARCEIRAS</b> Joan Jett e Kristen Stewart - Film Magic / Getty Images

A história do runaways - cinco adolescentes desregradas que se tornaram a maior banda exclusivamente de meninas do rock and roll - chega aos cinemas norte- americanos neste mês em The Runaways (por aqui, a estreia deve ser no segundo semestre), dirigido por Floria Sigismondi. Dakota Fanning interpreta a sexy Cherie Currie e Kristen Stewart faz a guitarrista da banda, Joan Jett, que também serviu de produtora e conselheira para a atriz. Funcionou: "Foi surreal", diz Joan. "Ela detonou. Ela realmente incorporou meus movimentos." Joan Jett falou sobre assistir à sua própria vida na tela.

No filme o seu professor de guitarra diz que meninas não devem tocar rock. Isso aconteceu?

Quando eu tinha 11 ou 12 anos, ouvia "Bang a Gong" e "All Right Now" no rádio. Eu queria muito fazer aquele som. Na minha primeira aula, ele pegou as cifras de "On Top of Old Smokey". Eu fui embora. E aprendi a tocar sozinha.

A Kristen Stewart diz que você a ensinou a colocar sexualidade no jeito dela de tocar guitarra.

Bom, a guitarra encaixa exatamente na pélvis, e quando você toca uma corda ela vibra direto no seu corpo. É uma sensação poderosa. Então, quando a Kristen tocava, eu falava: "Buceta na madeira! Foda a guitarra!"

Ela te representou bem?

Sim. Eu pedi pro estúdio me mandar uma mixagem dela cantando "I Love Playing with Fire", mas quando escutei só conseguia ouvir a minha própria voz. Eu falei: "Vocês me mandaram a versão errada. Eu quero ouvir a Kristen". Eles disseram: "Essa é a Kristen". Estava perfeito - sem Auto-Tune.

Há uma cena no filme em que você e a Cherie Currie, vocalista das Runaways, ficam juntas. Você viu aquele momento como algo romântico?

Não vejo como romântico, de modo algum. Garotas adolescentes simplesmente se conectam - você as vê se abraçando e de mãos dadas o tempo todo. Mas experimentar com sexo e drogas era parte do apelo dos anos 70 para mim. Você podia tentar coisas novas - sem ser julgada por isso.

O que você fala para quem acha que já não existem mulheres no rock?

Com certeza: elas estão por todos os lados. Quando tocamos na Warped Tour, havia bandas de meninas em todas as cidades. E, se o Runaways fez alguma coisa pra inspirá-las a pegar um instrumento, minha missão está cumprida.