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A Playlist Definitiva

Artistas brasileiros e estrangeiros selecionam, comentam e analisam as canções favoritas de suas vidas

Redação Publicado em 10/09/2012, às 17h16 - Atualizado às 18h10

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- - Thomas Fuchs
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Yoko Ono: John Lennon

Y

oko ono ama os beatles, mas, ao escolher as melhores canções de seu falecido marido, focou nos discos que ele gravou depois do fim da banda. “Ele se sentia mais livre”, diz Yoko. “Estava demonstrando o que sentia. Estava realmente falando a verdade.”

1. “Oh My Love” 1971

“Na maioria das canções de amor, você faz as pessoas sentirem desejo – ou o que quer que seja – umas pelas outras. Mas, em vez disso, ele está dizendo: ‘Vejo com clareza pela primeira vez’. Tem mais a ver com amor verdadeiro.”

2. “Gimme Some Truth” 1971

“Esta faixa de Imagine é muito apropriada para os dias de hoje. Ele era de um tempo anterior ao dele, de certa forma.”

3. “Give Peace a Chance” 1969

“Esta não dá para deixar de fora. É a prova de que ele podia ser muito pessoal, mas ao mesmo tempo abordar algo amplo e fazer com que as pessoas pensassem sobre aquilo. E funcionou. Ele realmente afetou muito o mundo.”

4. “God” 1970

“Uma música muito poderosa e ousada. Na primeira vez em que a ouvi, quando ele cantou: “I don’t believe in Beatles” [ “Não creio nos Beatles” ], me deu um nó na garganta.”

5. “Grow Old with Me” 1984

“Ele estava dizendo não só para mim, mas também para toda uma geração: ‘Vamos envelhecer juntos’. Depois de sua morte, tudo o que eu tinha era um cassete da música. Estava na minha bolsa. Quando fui dormir, coloquei uns sinos na minha porta para que eu ouvisse se alguém tentasse entrar. Não queria que ninguém a tirasse de mim.”

6. “Imagine” 1971

“A estrutura de acordes e seu significado são coisas diretas e simples. E isso era muito importante. Ele era bom em compor hinos.”

7. “Scared” 1974

“Eu achava que esta faixa podia ser enquadrada como música clássica.”

8. “Jealous Guy” 1971

“Para ele foi difícil botar esta para fora – é ele sendo muito honesto sobre ser ciumento. Não acho que muitos compositores tenham conseguido fazer isso.”

9. “I Don’t Wanna Be a Soldier” 1971

“‘I don’t wanna be a soldier, Mama, I don’t want to die” [Não quero ser soldado, mãe, não quero morrer] – isso já diz tudo! Uma linda música contra o sistema, não só sobre um soldado, mas também sobre um padre.”

10. “Mother” 1970

“Uma música muito intensa que surgiu da teoria do Grito Primitivo. A mulher teve um grande papel dentro da raça humana. John reconheceu o poder e a posição importante das mulheres na sociedade.”

Kassin: Soul Brasileiro

“O nosso soul tem a diferença de ter um monte de elementos brasileiros que não são exatamente iguais aos de fora, algumas soluções de harmonia, de bossa nova”, acredita Kassin. “E é isso também que interessa aos estrangeiros na música daqui.”

1. “Bom Senso” Tim Maia, 1975

“Na primeira vez em que ouvi, fiquei louco com a letra, com a guitarra.”

2. “Menina Mulher da Pele Preta” Jorge Ben, 1974

“O maior de todos, um orixá.”

3. “Estrada Errada” Hyldon, 1976

“Clássico! Depois do primeiro disco, que parece uma coletânea de tantos sucessos, Hyldon vem com um segundo que não é tão falado, mas é um grande álbum com grandes canções como esta.”

4. “Astronauta” Roberto Carlos, 1970

“Bombas que caem, jato que passa, gente que olha um céu de fumaça.”

5. “Bicho no Cio” Marcos Valle, 1980

“De uma série de parcerias com Leon Ware, todas incríveis.”

6. “The Man from the Oldest Building” Ed Motta, 2008

“Os últimos discos do Ed mais experimentais são demais. Esta aqui é, para mim, um clássico recente.”

7. “Bananeira” Emilio Santiago, 1975

“Este disco é incrível, os arranjos do [João] Donato são matadores.”

8. “Tudo Bem” Robson Jorge, 1977

“Robson é um dos maiores de todos, falam pouco dele, mas foi um gênio.”

9. “Onda” Cassiano, 1977

“Como ele pode ser tão bom?”

10. “Tive Razão” Seu Jorge, 2004

“‘Demorô’ vai ser melhor!”

Patti Smith: As Canções de Amor de Bob Dylan

“Há muitos caminhos diferentes para se abordar as músicas de Bob Dylan – canções inspiradoras falando sobre injustiças sociais, transições amargas, remorso velado e celebração mística. Mas, vasculhando seu trabalho para compor uma playlist, não pude evitar de gravitar na direção de suas canções de amor. É difícil alguém conseguir rivalizar com ele na profundidade de sua análise e expressão do amor.

Em 1995, minha banda excursionou com Bob Dylan pela costa leste dos Estados Unidos. Dylan pediu que eu escolhesse uma das músicas dele, que poderíamos cantá-la juntos. Passei a noite toda pensando em qual escolher, e como eu poderia cantá-la. Decidi-me por ‘Dark Eyes’, uma faixa relativamente obscura, com uma letra digna de William Blake. Ele me chamava ao palco, e cantávamos tão próximos que às vezes as gotas de suor escorriam de seus cílios na minha bochecha.

Tentei muitas vezes, sem sucesso, compor uma música para Dylan, para expressar minha gratidão por tudo o que ele nos deu por meio de seu trabalho. Mas talvez ter sido fiel ao meu próprio modo, à distância, desde meus 16 anos, já seja o suficiente.”

1. “One Too Many Mornings” 1964

2. “Boots of Spanish Leather” 1964

3. “Ballad in Plain D” 1964

4. “Sad-Eyed Lady of the Lowlands” 1966

5. “Love Minus Zero/No Limit” 1965

6. “Spanish Is the Loving Tongue” 1973

7. “Wedding Song” 1974

8. “Dark Eyes” 1985

9. “Like a Rolling Stone” 1965

10. “Not Dark Yet” 1977

11. “Isis” 1976

12. “Dirge” 1974

13. “She Belongs to Me” 1965

14. “One of Us Must Know (Sooner or Later)” 1966

15. “Visions of Johanna” 1966

16. “Nettie Moore” 2006

Fernanda Takai: Bossa Nova

A

ntes mesmo de gravar Onde Brilhem os Olhos Seus (2007), álbum dedicado ao repertório de Nara Leão, a doce e calma voz da mineira Fernanda Takai já remetia ao estilo brasileiro que conquistou o mundo: a bossa nova. A seguir, ela seleciona as faixas que considera essenciais.

1. “Insensatez” Tom Jobim e Vinicius de Moraes, 1961

“Talvez a mais linda delas, emocionante, ganhou muitas versões dentro e fora do Brasil.”

2. “O Barquinho” Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli, 1961

“Não dá pra pensar em bossa nova sem cantarolar esta música.”

3. “Desafinado” Tom Jobim e Newton Mendonça, 1958

“O trabalho dessa dupla durou pouco, mas fez história.”

4. “Samba de Verão” Marcos e Paulo Sergio Valle, 1963

“Perfeitinha, feliz, um encanto só.”

5. “Inútil Paisagem” Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, 1963

“Parceria que deixou outras lindas canções, como ‘Dindi’.”

6. “Você” Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli, 1964

“Todo mundo conhece esta melodia, tanto que há grandes regravações instrumentais dela.”

7. “Chega de Saudade” Tom Jobim e Vinicius de Moraes, 1958

“É só começar a tocar e todo mundo canta junto.”

8. “Você e Eu” Tom Jobim e Carlos Lyra, 1961

“Carlinhos Lyra é um grande melodista e canta muito também, um dos mestres.”

9. “Corcovado” Tom Jobim, 1960

“Esse era craque mesmo, só ou acompanhado.”

10. “Minha Saudade” João Donato e João Gilberto, 1958

“Dois ‘Joões’ de talento ímpar, estilos inconfundíveis.”

Rick Rubin: Led Zeppelin

“Depois dos beatles, o led é a banda mais consistente a cada álbum, a cada música”, diz o superprodutor. “Eles pegam todos os tipos diferentes de música e passam pelo filtro do Zeppelin.”

1. “Your Time Is Gonna Come” 1969

“É como se a bateria estivesse tocando um rock enorme enquanto as guitarras tocavam um folk calmo.”

2. “What Is and What Should Never Be” 1969

“O riff é incrível: é como um arco sendo puxado e então solto. O ritmo dos vocais é quase como um rap. É uma das músicas mais psicodélicas da banda.”

3. “Thank You” 1969

“A delicadeza dos vocais é incrível; o violão e o órgão trabalham juntos para criar uma aura de outro mundo.”

4. “Heartbreaker” 1969

“Um dos maiores riffs do rock.”

5. “Ten Years Gone” 1975

“Soa como a natureza saindo pelos alto-falantes.”

6. “Since I’ve Been Loving You” 1970

“Eles pegam o que achamos que é o blues negro e levam a um extremo branco que nenhum bluesman ousaria levar, porque não é uma coisa legal de se fazer.”

7. “Misty Mountain Hop” 1971

“É supergrudenta.”

8. “No Quarter” 1973

“É preciso uma confiança muito grande para manter-se verdadeiramente calmo e solto por tanto tempo.”

9. “Nobody’s Fault but Mine” 1976

“Um blues tradicional, distorcido por meio de um filtro viajante e psicodélico.”

10. “In My Time of Dying” 1975

“A linha de baixo nos grooves mais rápidos é muito interessante e inesperada.”

Steven Tyler: The Rolling Stones

“Sempre fui tachado como um sósia de Mick Jagger, uma cópia, como se estivesse tentando ser ele, e sempre odiei essa porra”, relembra Tyler. “Então notei que Mick era o grande bad boy do momento. Aprendi com os Stones – e com Janis Joplin – que não é uma questão de atingir as notas, e sim de ter estilo.”

1. “I’m a King Bee” 1964

“Slim Harpo compôs esta. Eu tinha tocado a faixa em bandas em 1964 e 65, mas quando os Stones gravaram ficou muito melhor e diferente.”

2. “Brown Sugar” 1971

“É provavelmente o melhor rock já composto, excetuando-se qualquer coisa do Chuck Berry.”

3. “Rip This Joint” 1972

“Quando entrei pela primeira vez em reabilitação, levei Exile on Main St. em uma fita cassete. Lembro de acordar lá e perceber que não tinha ficado sóbrio sequer uma vez nos últimos 12 ou 15 anos, de LCD, heroína, cocaína e ácido. O único jeito de ficar alto naquela hora era escutar ‘Rip This Joint’.”

4. “Get Off of My Cloud” 1965

“Está tudo naquelas viradas de bateria. Gosto de músicas que têm uma parada – o que eu chamo de wet spot [ponto molhado]. Pequenos momentos como esses são os que você vai lembrar para sempre.”

5. “Something Happened to Me Yesterday” 1967

“Qualquer uma cantada pelo Keith me derrubava, e esta é legal pra caralho.”

6. “Hot Stuff” 1976

“A música não acaba nunca, mas tem uma levada do cacete, não?”

7. “Memory Motel” 1976

“Mick não sabe cantar, mas é um dos melhores cantores do rock.”

8. “The Spider and the Fly” 1965

“O tipo de música que me inspirou a começar a compor minhas próprias letras. Quando Mick canta “She was common, flirty, she looked about 30” [ “Ela era comum, provocadora, parecia ter uns 30” ] – esse era meu tipo de verso. Grudou no meu ouvido.”

9. “She Said Yeah” 1965

“Quando eu era mais novo, em todas as bandas pelas quais passei antes do Aerosmith, abríamos os sets com ‘Have You Seen Your Mother, Baby, Standing in the Shadow?’ e terminávamos com esta. Eu amava todo aquele reverb e a guitarra do Keith.”

Emicida: Origens do Rap Brasileiro

E

micida é um dos maiores astros do rap nacional – e ícone do bom momento em que o estilo vive hoje. Mas isso não teria sido possível se, há mais de 20 anos, nomes como Thaide & DJ Hum, Ndee Naldinho e Racionais MC’s não tivessem começado a fazer as primeiras rimas no Brasil.

1. “Melô da Lagartixa” Ndee Naldinho, 1988

“Mostra uma faceta irreverente dele que quem começou a acompanhar o rap mais tarde não conhece.”

2. “Nomes de Menina” Pepeu, 1989

“Foi o primeiro rap que ouvi na vida, um clássico.”

3. “De Política em Política” Athalyba e a Firma, 1992

“Eu até hoje não entendo como esta música não estourou, porque é um dos raps mais fodas de todos os tempos.”

4. “O Homem na Estrada” Racionais MC’s, 1993

“Sample nacional, revolucionária. Racionais MC’s... dispensa mais comentários, né?”

5. “Verão na VR” Sistema Negro, 1997

“Sistema Negro é um dos pilares do rap nacional. Esta é uma boa porta de entrada pra quem quer conhecer.”

6. “Largado” Quinto Andar, 2003

“É o hino dos largados, é o terror da família quando você cola com a filha.”

7. “Legalize Já” Planet Hemp, 1995

“Bem antes de a ideia de legalizar a maconha ser moda, os caras foram os primeiros a botar o dedo na ferida com o tema de forma séria.”

8. “A Fuga” Xis, 2000

“Clássico. Originais do Samba + Xis na rima. A coletânea em que esta música saiu é um dos discos mais loucos de rap até hoje.”

9. “Doutor Destino” Da Guedes, 2002

“É foda. Porto Alegre se consolidando como um dos polos de rap no Brasil.”

10. “Corpo Fechado” Thaide & DJ Hum, 1988

“Se mexer com minha mãe, meu DJ ou minha mina, sua sorte está perdida.”

Lars Ulrich: Clássicos do Hard Rock e do Metal

“Eu obviamente sempre me interessei por músicas com energia, com um peso implícito”, diz o baterista do Metallica. “Mas também me interesso pela simplicidade de uma canção. No coração destas faixas há uma grande música: um ciclo de verso, ponte e refrão.”

1. “Let There Be Rock” AC/DC, 1977

“É onde o AC/DC se deixou mais solto. Tem um tipo de energia total ao estilo de bandas punk de Detroit, como o Stooges e o MC5.”

2. “So What?” Anti-Nowhere League, 1981

“Esta música leva as letras do punk e sua atitude para lugares aonde ninguém ousaria ir. O momento em que Animal, o vocalista, diz que ‘chupou o pau de um velho’ funciona como um bônus.”

3. “Don’t Get Yourself in Trouble” Bachman-Turner Overdrive, 1973

“Meu pai ia muito aos Estados Unidos, e me trazia uns compactos de 45 rotações. Foi assim que passei a gostar do BTO. Esta é a faixa mais pesada deles, com uma levada ótima e um riff simples.”

4. “Tattoo Vampire” Blue Öyster Cult, 1976

“Ouça esta logo depois de BTO e AC/DC – tem uma sensação de repetição no riff. E o baterista faz uma batida de meio-tempo no prato, descendo o braço para conseguir aquele efeito chiado de fritura.”

5. “Silver Lightning” Bow Wow, 1977

“O fato de serem do Japão deu a estes caras a chance de criar seu próprio som: blues rock inglês com um toque americano e a presunção do punk.”

6. “Child in Time” Deep Purple, 1970

“Eu tinha 9 anos quando meu pai me levou para ver o Deep Purple. Isso me colocou em um caminho diferente. Esta faixa é a ‘Stairway to Heaven’ deles.”

7. “Helpless” Diamond Head, 1980

“O pilar do nosso som [no Metallica]: riff e energia, mas também um alto respeito pelo arranjo.”

8. “Free Speech for the Dumb” Discharge, 1982

“Nunca consegui decifrar este solo de guitarra. Surge sem rima ou razão.”

9. “Prowler” Iron Maiden, 1980

“Tem tudo – energia, crueza, estrutura.”

10. “Evil” Mercyful Fate, 1983

“Eles eram ridicularizados por causa da maquiagem e da teatralidade. Mas o vocalista era muito sério – e um cara muito gentil.”

João Gordo: Punk Paulistano

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o brasil, são paulo viveu o punk de forma mais intensa do que em qualquer outra cidade. E João Gordo, vocalista do Ratos de Porão, está no meio do movimento desde o começo, no princípio dos anos 80.

1. “Nada” Olho Seco, 1983

“Foi uma evolução em nível de gravação, impacto cultural e musical.”

2. “Crucificados pelo Sistema” Ratos de Porão, 1984

“Foi um marco na história do ‘punk hardcore metal pesado’ sul-americano.”

3. “Os Punks Também Amam” Lixomania, 1982

“Antes, os punks tinham vergonha de falar que também amavam. Achavam que ser punk era só ter ódio puro, mas esta música veio para quebrar a regra.”

4. “Palpebrite” Cólera, 1982

“Esta música na época era muito foda e saiu na coletânea Grito Suburbano.

5. “Desemprego” Fogo Cruzado, 1982

“Retrata a nossa época de office boy que fazia ficha no McDonald’s para virar chapeiro. A polícia era a maior repressão, você ia ‘em cana’ por vadiagem e, se não tinha carteira de trabalho assinada, levava tapa na cara.”

6. “Aprendi a Odiar” Inocentes, 1988

“Me marcou porque a primeira vez que ouvi foi em uma gravação dos caras no Gallery, que era uma boate dos anos 80, da alta sociedade new wave. Lembro que eles dedicaram ela para os playboys do local, daí colou um monte de punk e eles foram expulsos.”

7. “Só os Mortos Não Reclamam” Lobotomia, 1986

“Esta música marcou muita gente.”

8. “Buraco Suburbano” Psykóse, 1982

“Essa música é um hit, é foda. É sobre enchente e é atual até hoje [risos].”

9. “Fernandinho Viadinho” Garotos Podres, 1993

“Ela contém todo o humor desses caras, proletários lá do ABC. O [vocalista] Mau é um professor de história da USP, tem Ph.D. e tudo. E na música você vê o bom humor puro dos caras. Eles tiram uma com a cara do Fernando Collor.”

10. “Reprecaos” Vírus 27, 1985

“É um hino do subúrbio paulistano, do proletariado punk, aquele de moicano de Bombril e jaco de napa com o escrito ‘Não pague o busão’ nas costas. Aquela coisa muito particular nossa, sabe? Ela faz parte da coletânea Ataque Sonoro.”

Mick Jagger: Reggae

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agger fez um dueto com peter Tosh nos anos 70 e gravou com os Rolling Stones uma cover do clássico do reggae “Cherry oh Baby” em 1976. Mas seu amor pelo ritmo jamaicano vem desde os anos 60, quando ele e Charlie Watts começaram a se aprofundar no tema. “Estávamos interessados de um ponto de vista rítmico, aí começamos a tocar umas batidas de reggae com a banda, e o resto do pessoal ia pegando”, diz.

1. “Get Up, Stand Up/ No More Trouble/ War” Bob Marley, 1976

“Decidi pegar uma mais obscura. Adoro uma interpretação dele no álbum Live at the Roxy, um medley: uma versão de ‘Get Up, Stand Up’, que se encaixa maravilhosamente em ‘No More Trouble’ e ‘War’, e depois de volta a ‘Get Up, Stand Up’. Dura 24 minutos, mas se você resolver dançar, ainda estará dançando quando chegar ao final.”

2. “Pick Myself Up” Peter Tosh, 1978

“‘Legalize It’ é boa, mas vou escolher ‘Pick Myself Up’, que é mais lenta.”

3. “54-46 That’s My Number” Toots and the Maytals, 1968

“É dançante, para começar, e o vocal é muito legal. Toots era muito cru.”

4. “You Don’t Love Me” Dawn Penn, 1967

“Amo esta música. É linda. Fez um sucesso enorme, e com toda a justiça.”

5. “Cream of the Crop” Gregory Isaacs, 1983

“É uma canção muito sexy, com um groove supremamente solto.”

6. “War in a Babylon” Max Romeo and the Upsetters, 1976

“Estabeleceu a base do reggae. E que linha de baixo!”

7. “Brethren and Sistren” The Viceroys, 1983

“Sobre amor e união, e tem um vocal meio doo-wop.”

8. “Writing on the Wall” Ronnie Davis, 1983

“Quando você a ouve, é absorvido de uma forma quase hipnótica.”

9. “Ring the Alarm” Tenor Saw, 1985

“Sempre me senti atraído por canções que usam batidas diferentes.”

10. “Marcus Garvey” Burning Spear, 1975

“É sobre a contínua ligação entre Jamaica e África, que faz parte da história do reggae.”

Lucas Silveira: Rock Brasileiro dos Anos 80

“Eu podia ser novo demais para apreciar o rock dos anos 80”, diz o líder do Fresno, “mas tenho sorte de ter irmãos que me levaram para o mau caminho desde cedo.”

1. “Eu Não Matei Joana D’Arc” Camisa de Vênus, 1985

“Na cabeça de uma criança, isto é a quintessência da rebeldia.”

2. “Faroeste Caboclo” Legião Urbana, 1987

“É uma composição desafiadora e que suscita muitas imagens.”

3. “Pro Dia Nascer Feliz” Barão Vermelho, 1983

“Nada como assistir ao Globo de Ouro e conhecer o que havia de mais bem feito e relevante na música brasileira. Sim, antigamente tocavam música na TV!”

4. “Uma Barata Chamada Kafka” Inimigos do Rei, 1989

“Baita música. Letra surreal.”

5. “Camila, Camila” Nenhum de Nós, 1987

“É moderna até hoje, não só pelo arranjo, como pela levada da bateria e sintetizadores etéreos.”

6. “Você Não Soube Me Amar” Blitz, 1982

“Surfe, short fluorescente, camisa floreada, sotaque carioca, Armação Ilimitada... Evandro Mesquita. Épico ao extremo.”

7. “Primeiros Erros” Kiko Zambianchi, 1985

“Acordes lindos, letra direta e inspirada.”

8. “Me Chama” Lobão e os Ronaldos, 1984

“Emo para adultos. A descrição mais cortante da solidão pós-pé-na-bunda.”

9. “Lanterna dos Afogados” Os Paralamas do Sucesso, 1989

“Fossa, angústia, lampejos de esperança e o maior solo de guitarra dos anos 80.”

Criolo: Caetano Veloso

“É

complicado falar de grandes mestres”, diz Criolo. “Acho que eles não têm dimensão do tamanho deles. Quando você chega perto, que convive um pouco, você percebe também que eles não estão preocupados com isso, porque fazem o que fazem com carinho.”

1. “Haiti” 1993

“É uma analogia eterna.”

2. “Coração Vagabundo” 1967

“Quantos de nós não têm força de contribuir para o universo e perceber a dificuldade maior ainda que é cuidar de nosso quintal?”

3. “Leãozinho” 1977

“Me faz lembrar as crianças.”

4. “Um Índio” 1976

“Uma obra de arte. Eu inclusive a cito em uma música [ ‘Sucrilhos’: ‘Cartola virá que eu vi, tão lindo, forte e belo como Muhammad Ali’].”

5. “Fora de Ordem” 1991

“É bem atual. É um soco no pensamento e na boca do estômago de muita gente.”

6. “Araçá Azul” 1973

“É intrigante. É apoteótica e ao mesmo tempo tem uma simplicidade de gênio.”

7. “Odara” 1977

“Tem a relação do sonho, do desejo, da busca, e refrigera um pouco a alma de quem acha que não conseguiu e talvez já tenha alcançado sem ter percebido.”

8. “Tigresa” 1977

“É muito forte. Nos tumultua a alma para ficarmos ligeiros com este ir e vir de tantas pessoas que passam na nossa vida enquanto tentamos nos achar em alguém.”

9. “Podres Poderes” 1984

“Às vezes as pessoas acham que um pequeno ato desagradável não vai pegar nada e a gente se pega em atos de egoísmo. Mas, para alguns, isso vira rotina.”

10. “Alegria, Alegria” 1967

“É confortante porque nos faz respirar esperança em meio à condição maçante da rotina do dia a dia.”

Chris Martin: Pop Oitentista

O

futurismo movido a sintetizadores do Coldplay bebe fundo na fonte do pop oitentista: a-ha, Michael Jackson, Kate Bush. Aqui, o líder Chris Martin aponta dez músicas da década que moldaram o gosto da banda.

1. “Hunting High and Low” A-ha, 1985

“É emocionante.”

2. “Running Up That Hill” Kate Bush, 1985

“Tem esse ar de facilidade, mesmo considerando que só de ouvir dá para perceber o trabalho envolvido.”

3. “A Sort of Homecoming” U2, 1984

“Sou meio supersticioso, toda vez que me mudo, esta é a primeira música que coloco para tocar.”

4. “Buffalo Stance” Neneh Cherry, 1988

5. “Sally Cinnamon” The Stone Roses, 1987

“Ouvimos muito Stone Roses na juventude – eles são como o Nirvana em nosso mundo.”

6. “Bad” Michael Jackson, 1987

“Michael compôs a linha de baixo, e é muito poderosa.”

7. “Mr. Brownstone” Guns N’ Roses, 1987

“Quando estávamos decidindo qual de nós seria o vocalista do Coldplay, fizemos nosso baterista Will Champion cantar esta.”

8. “Back to Life (However Do You Want Me) ” Soul II Soul, 1989

9. “Orange Crush” R.E.M., 1988

10. “Brilliant Disguise” Bruce Springsteen, 1987

“Na época, tudo o que eu conhecia era a bunda bonitinha e a bandeira norte-americana. Hoje, eu seguiria o Bruce até o Monte Sinai e ouviria cada uma de suas palavras.”

Tom Morello: Músicas de Protesto

“U

ma grande canção de protesto pode estremecer as bases de suas convicções”, diz o guitarrista do Rage Against the Machine. “Escolhi um punhado de músicas que imaginam um mundo melhor – e algumas com planos para destruir os tiranos que existem neste.”

1. “Imagine” John Lennon, 1971

“É calcada em uma melodia bela e em uma performance vocal tão maravilhosa que é fácil deixar passar o fato de que se trata de uma canção de ninar de tomada de poder ao estilo socialista.”

2. “Fight the Power” Public Enemy, 1989

“A maior canção de hip-hop já feita. É revolucionária sonora e liricamente. Um hino de liberação do gueto.”

3. “Get Up, Stand Up” Bob Marley and the Wailers, 1973

“Quando a merda bate no ventilador, as pessoas saem e cantam isso nas ruas.”

4. “Biko” Peter Gabriel, 1980

“É sobre a morte de Stephen Biko nas mãos do apartheid, mas é muito mais um grito global e universal de união contra a tirania.”

5. “This Land Is Your Land” Woody Guthrie, 1951

“Quanto mais pessoas se darem conta de sobre o que esta música é, mais barricadas teremos nas ruas.”

6. “Anarchy in the U.K.” Sex Pistols, 1976

“Há músicas que são sobre lutar por um futuro melhor, e há músicas sobre destruir o presente. Esta é sobre isso.”

7. “White Riot” The Clash, 1977

“‘Are you taking over / Or are you taking orders? / Are you going backwards / Or are you going forwards?” [ “Você está tomando o controle/ Ou recebendo ordens?/ Está indo para a frente/ Ou está indo para trás?” ]. Grudei isso na minha geladeira quando era adolescente.”

8. “With God on Our Side” Bob Dylan, 1964

“Escancara a hipocrisia dos conflitos armados.”

9. “Another Brick in the Wall (Part 2)” Pink Floyd, 1979

“Mostra o que há por dentro da maior parte dos sistemas educacionais. Eles são planejados para eliminar a criatividade e a autonomia. E tem um solo de guitarra arrasador!”

10. “Killing in the Name” Rage Against the Machine, 1992

“‘Fuck you, I won’t do what you tell me” [ “Vá se foder, não vou fazer o que você me manda” ]: representa a resistência contra a autoridade ilegítima onde quer que ela apareça.”

David Guetta: Clássicos das Pistas

“Você precisa de uma sensação hipnótica, criada pela repetição”, ensina Guetta. “Mas a emoção vem das mudanças, progressões de acordes, melodias. Ter ambos os elementos é o que transforma uma faixa em clássica.”

1. “Around the World” Daft Punk, 1997

“Ainda acho que primeiro vem o Daft Punk, e depois o resto de nós.”

2. “French Kiss” Lil Louis, 1989

“Foi uma revolução: uma faixa instrumental underground estava tocando na rádio.”

3. “Strings of Life” Rhythim Is Rhythim, 1987

“O techno foi inventado em Detroit. Consistia em não respeitar regras musicais. É quase desafinada, mas funciona.”

4. “I’ll House You” Jungle Brothers, 1988

“Identifico-me totalmente com esta, porque sempre amei hip-hop e house.”

5. “Higher State of Consciousness” Josh Wink, 1995

“Muito agressiva e absolutamente incrível.”

6. “Finally” Kings of Tomorrow, 2000

“‘Ainda hoje toco essa. É linda.”

7. “Professional Widow (Armand Van Helden remix)” Tori Amos, 1996

“Linha de baixo épica! O remix de Armand usa muito pouco da original – seu arranjo é que tornou a faixa um sucesso.”

8. “Smack My Bitch Up” The Prodigy, 1997

“Prodigy e Chemical Brothers eram basicamente bandas punks – só que com sintetizadores em vez de guitarras.”

Ozzy Osbourne: The Beatles

“Sinto-me muito privilegiado por estar neste planeta quando os Beatles surgiram”, confessa Ozzy. “Eles são e para sempre serão a maior banda do mundo. Lembro de conversar com Steve Jones, do Sex Pistols. Ele disse: ‘Eu não gosto dos Beatles’. E eu disse: ‘Tem alguma coisa errada com você’.”

1. “She Loves You” 1963

“Esta foi a que me pegou. Eu era um garoto de 14 anos e tinha um rádio transistor azul. Ouvi ‘She Loves You’, e fiquei de queixo caído. Era como se você conhecesse todas as cores do mundo e alguém aparecesse com uma cor totalmente nova e você ficasse tipo: ‘Puta que pariu, cara’.”

2. “I Want to Hold Your Hand” 1963

3. “I Am the Walrus” 1967

“Lennon e McCartney eram como o doce e o azedo. Paul era o cara que dizia: ‘Está ficando cada vez melhor’. John dizia: ‘Não tem como ficar pior’. Eu adorava os jogos de palavras de Lennon. Adoro quando você pensa ‘Não sei o que isso quer dizer’, mas acaba entendendo mesmo assim.”

4. “A Day in the Life” 1967

5. “Hey Jude” 1968

6. “Help!” 1965

“Quando escuto esta, ouço Lennon pensando: ‘É impossível ficar maior que isso’. Mas ficou. Eles se tornaram mais do que enormes. E ele grita ‘help!’ [socorro! ] porque eles não sabem o que fizeram. Só sabem como fizeram.”

7. “Eleanor Rigby” 1966

“‘Eleanor Rigby’ é absurdamente fenomenal.”

8. “Something” 1969

“O Black Sabbath estava fazendo uma temporada em um bar de Zurique, na Suíça. Era inverno, e estávamos indo de van para casa. Estávamos com saudade e sem dinheiro. Tínhamos um cigarro para dividir entre nós quatro. Esta música me lembra dessa época, porque ficávamos ouvindo enquanto passávamos pelos Alpes.”

9. “Strawberry Fields Forever” 1967

“Eu trabalhava em um matadouro e, do outro lado da rua, havia uma loja que vendia torta de carne. Esta música tocava no rádio o tempo todo.”

10. “The Long and Winding Road” 1970

“Me deixa triste, porque é como o fim do maior filme que alguém já havia assistido. Você ouvia Paul dizendo: ‘Estou sem gás. Não consigo mais continuar com isso’.”

Thurston Moore: Punk

M

oore, vocalista e guitarrista do Sonic Youth, ama o punk desde que ouviu Richard Hell, Patti Smith e Television na adolescência. Sua lista celebra as origens cruas do gênero.

1. “Vicious” Lou Reed, 1972

“Bem escrita, ácida, esperta e destemida em meio ao apocalipse.”

2. “Penetration” Iggy and the Stooges, 1973

“Uma das músicas sexuais mais sombrias já gravadas.”

3. “Little Johnny Jewel” Television, 1975

“Definiu o tipo de sensibilidade que eu queria investigar.”

4. “You Gotta Lose” Richard Hell and the Voidoids, 1976

“Ele cantava naquele estilo que era como um ganido, e os versos eram um novo tipo estranho de poesia.”

5. “Orphans” Teenage Jesus and the Jerks, 1978

“Ainda é radical. E eu adoro o fato de que foi composta por uma garota de 19 anos que fugiu de casa, Lydia Lunch.”

6. “God Speed” Patti Smith Group, 1978

“O que Dylan foi para as pessoas criadas nos anos 60, Patti foi para mim nos anos 70.”

7. “My Boyfriend” Suburban Lawns, 1981

“Quando lançaram esta faixa, ou você curtia ou estava por fora.”

8. “Shit You Hear at Parties” Minutemen, 1982

“A guitarra de D. Boon era furiosa.”

9. “We Don’t Need Freedom” Saccharine Trust, 1981

“Uma ótima canção pós-hippie.”

10. “New Radio” Bikini Kill, 1993

“O estilo de vocal de Kathleen Hanna é aquele guincho primitivo, e ela era ativista. Insuperável.”

Bono: David Bowie

“O motivo de eu ter escolhido david Bowie é claro: é minha adolescência como fã dele”, conta Bono. “E um ainda sou. Mas foi uma época em que meu coração e minha mente estavam vulneráveis à música. E estas músicas tiveram um grande impacto.”

1. “Space Oddity” 1969

“Entrávamos no palco ao som desta música todas as noites – como quatro astronautas.”

2. “The Man Who Sold the World” 1970

“A América do Norte se apaixonou por esta música por causa de Kurt Cobain.”

3. “Changes” 1971

“O que Elvis representava para os Estados Unidos, Bowie representava para o Reino Unido e Irlanda.”

4. “Five Years” 1972

“Soa como se tivesse vindo da tradição das chansons.”

5. “Life on Mars” 1971

“O mundo de Bowie sempre foi cheio de estática artística e intelectual.”

6. “Starman” 1972

“Os norte-americanos colocaram um homem na Lua. Nós tínhamos nosso britânico do espaço.”

7. “Lady Grinning Soul” 1973

“É uma música engenhosa e pouco usual para Bowie.”

8. “The Jean Genie” 1973

“Adoro sua abordagem do blues, do R&B. O Smiths também nasceu com esta música.”

9. “John, I’m Only Dancing” 1972

“Amo a economia, a batida rockabilly.”

10. “Young Americans” 1975

“O grande momento é a parada de guitarra lindamente desafinada. Adoro.”

11. “Fame” 1975

“Fiquei fascinado pelo dilema. Era um talento precioso e precoce, que não queria morrer estúpido.”

12. “Warszawa” 1977

“Tenho memórias muito vívidas de me encontrar com meu amigo Gavin Friday para ouvir música. Criávamos nosso mundo, tentando entender sobre o que ela era.”

13. “Heroes” 1977

“Resume o pensamento pelo qual os amantes passam: não estão sozinhos e poderiam dominar o mundo.”

14. “Ashes to Ashes” 1980

“A inovação sônica de Low e Heroes estava se

tornando mais pop.”

15. “Up the Hill Backwards” 1980

“Escolhi esta porque é como minha vida.”

Elton John: Novos Clássicos do Pop

“São ótimas músicas, todas essas que escolhi”, diz Elton John. “As composições de hoje são terríveis. Se você é um cantor que depende da composição de outros, não terá como contar com Holland-Dozier-Hollands ou Bacharach-Davids. Veja a qualidade das músicas atuais e se pergunte se elas se tornarão clássicas. A resposta para 99% é: absolutamente não. Mas estas tocarão para sempre.”

1. “Thunder on the Mountain” Bob Dylan, 2006

“Ninguém faz você rir como ele. Dylan me faz rir quando canta com aquela entonação.”

2. “Back to Black” Amy Winehouse, 2006

“Ela é como Dusty Springfield para mim. Essa garotinha de North London era uma alma velha – e canalizava algo sensacional.”

3. “Love the Way You Lie” Eminem, 2010

“É o rapper número 1 para mim.”

4. “Vibrate” Rufus Wainwright, 2003

“Tem de tudo – humor, sentimento, romance e uma grande melodia.”

5. “Brothers” Hot Chip, 2010

“Sou um grande fã de música eletrônica, mas o Hot Chip é diferente. Não é só boom-boom-boom.”

6. “She Said” Plan B, 2010

“Ele canta com sentimento – no estilo dos anos 60, com ótimos grooves.”

7. “Australia” The Shins, 2007

“O Shins é melhor que a maioria das coisas indie.”

8. “Say You Will” Kanye West, 2008

“Para mim, é a equivalente de Let’s Get It On, do Marvin Gaye, em 2008.”

9. “When You Were Young” The Killers, 2006

“Acho que o Killers é mais uma banda europeia do que norte-americana. Eles têm esse amor pela dance music.”

10. “Bad Romance” Lady Gaga, 2009

“Quando fiz o show beneficente em prol das florestas amazônicas com Bruce Springsteen, ele elogiou esta música. E consigo imaginar ele cantando-a.”