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Mesma Galáxia, Mesmo Bando

Estrelado pelo galã boa-praça Chris Pratt, Guardiões da Galáxia Vol. 2 traz doses maiores de todos os acertos do primeiro filme

Stella Rodrigues Publicado em 28/04/2017, às 15h17 - Atualizado às 15h22

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<b>Disfuncionais?</b><br>
(<i>Da esq. para a dir.</i>) Gamora (Zoe Saldana), Peter (Chris Pratt), Groot, Drax (Dave Bautista) e Rocket em cena de <i>Guardiões da Galáxia Vol. 2</i> - Marvel Studios/ Divulgação
<b>Disfuncionais?</b><br> (<i>Da esq. para a dir.</i>) Gamora (Zoe Saldana), Peter (Chris Pratt), Groot, Drax (Dave Bautista) e Rocket em cena de <i>Guardiões da Galáxia Vol. 2</i> - Marvel Studios/ Divulgação

Entre uma trilha sonora que pega no ponto certo, uma árvore humanoide de fala repetitiva e um protagonista carismático e genuinamente engraçado, não foi nenhuma surpresa que Guardiões da Galáxia tenha se tornado o filme de super-herói de maior bilheteria em 2014 – um ano que teve longas de Homem-Aranha, Capitão América e X-Men. A Marvel lança no início de maio o volume 2 da história, que promete mais carisma, mais mixtapes e, a melhor parte, um simpático e pequenino arbusto, já que Groot, o personagem em questão, morre e nasce de novo no final do primeiro filme.

Guardiões da Galáxia Vol. 2 foca na busca pelos pais do protagonista, Peter Quill (Chris Pratt). Agora, ele e os companheiros Groot (voz de Vin Diesel), Gamora (Zoe Saldana), Drax (Dave Bautista), Rocket (voz de Bradley Cooper) e Yondu (Michael Rooker) formam uma família que viaja unida pela galáxia. A história se passa poucos meses depois dos acontecimentos do primeiro volume, uma decisão que não foi tomada de cara, mas da qual o diretor, James Gunn, se orgulha. “A princípio não teríamos Groot como bebê no segundo filme, mas depois vimos que não teria cabimento”, diz ele em um quarto de hotel de Los Angeles, onde a equipe recebeu a imprensa para falar sobre o trabalho. Groot foi um dos personagens mais queridos de Guardiões e a versão Júnior dele, que aparece dançando ao som de Michael Jackson nos créditos do filme, provocou uma verdadeira avalanche de mensagens nas redes sociais do diretor – a cena é a preferida dele. Gunn, aliás, não consegue falar de redes sociais sem mencionar o carinho dos brasileiros. “São as melhores pessoas!”, diz. “Depois dos norte-americanos e britânicos, só dá os brasileiros tuitando para mim. Estou até aprendendo um pouco de português de tanto que tenho lido coisas de brasileiros no Twitter”, ri ele, que ao contrário de muitos diretores está sempre atento ao feedback que recebe online.

Ele só não levou em conta as sugestões que recebe para a mixtape que vai pautar esse segundo filme. Assim como no primeiro volume, a fita cassete e o walkman de Quill são as ferramentas de base para a construção da história. Mas Gunn é um curador muito particular para determinar quais músicas devem entrar. “Começo com a lista das que gostaria de usar e depois vejo o que cabe, porque o mais importante é a história. Vou escrevendo o roteiro e pensando no que se encaixa ali. Tem muita música boa no mundo, a dificuldade é encontrar aquela que cabe perfeitamente”, diz. Essa curadoria apurada não deixa espaço nem para sugestões do próprio elenco, conforme conta Chris Pratt. “É a especialidade de James”, crava. “Apesar de eu ser muito ligado a música, não sou bom em fazer curadoria, não teria a habilidade de escolher a playlist perfeita, como James faz. Ele é o mestre, achou aqueles hits adormecidos que batem forte naquele ponto fraco de absolutamente todo mundo”, diz sobre a obra de 2014. “Agora temos um pouco mais de dinheiro e podemos ter, tipo, Fleetwood Mac. Mas ele continua sendo um curador musical incrível e, sim, a trilha tem um papel de importância única nesses filmes. Adoro quando a música é parte da narrativa, não é só trilha, algo que você coloca ali artificialmente, para acompanhar uma emoção ou sentimento. No Volume 2, a música tem um valor narrativo exponencialmente maior”, diz, e ainda provoca: “Tem uma parte que vai explodir a cabeça de alguns artistas, de tão fundamental que é a presença da canção para o desenrolar da cena. Mal posso esperar para ver a reação de vocês”.

De forma geral, Guardiões é uma franquia de super-heróis diferente das outras e agrada mesmo a quem não tem paciência para aranhas radioativas e poderes mutantes em geral. Esse foi também um dos fatores que levaram Zoe Saldana a mais esse ambiente espacial (ela também estrela Avatar e Star Trek). “Eu passei tanto tempo fugindo dos papéis que eram os que mais apareciam, sabe? Era sempre para ser a namorada de alguém, por exemplo, e não era isso que eu queria”, reflete. “E eu amo ficção científica. Acho que é um gênero subestimado, é preciso muita criatividade para inventar universos. Mas não é considerado intelectual, o que eu acho que é a maior bobagem.” Essa paixão pelo espaço e por mulheres mais fortes é algo que a atriz passou para os filhos gêmeos, Bowie e Cy, de 2 anos, que estão chorando do outro lado da porta e partem o coração dos jornalistas enquanto clamam pela mãe. “Eles estão obcecados com meninas super-heróis e não existem tantos brinquedos desses, lembrancinhas de festa, bonecos de heroínas e tal. Dizem que é porque não vende. Mas venderia se começássemos a comprar essas coisas para nossos meninos também."