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Jazz, Blues e Mar

Time de estrelas consolida importância do festival de Rio das Ostras

Antônio do Amaral Rocha Publicado em 01/07/2007, às 00h00 - Atualizado em 31/08/2007, às 18h15

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Considerado pela revista norte-americana Downbeat (a bíblia do jazz) como um dos 100 mais importantes do gênero e o mais importante da América Latina, o Rio das Ostras Jazz & Blues Festival aconteceu de 6 a 10 de junho no litoral do Rio de Janeiro, e surpreendeu pelos números superlativos. Em sua 5ª edição, o festival teve orçamento de R$ 700 mil, gastos entre cachês dos artistas, infra-estrutura de hospedagens, refeições e transporte, e um público total de 60 mil pessoas, que assistiram a 20 apresentações em cinco dias, gerando uma circulação econômica de R$ 5 milhões.

"Não posso revelar cachês, mas posso afirmar que não é nenhum absurdo", diz o empresário Stenio Mattos, idealizador do festival. "Utilizo o contrato casado, em que o artista é contratado para se apresentar em outras casas, o que colabora para diminuir o peso do cachê no nosso borderô." Segundo o prefeito de Rio das Ostras, Carlos Augusto Balthazar, "a cidade depende muito dos royalties do petróleo e não entende por que não conseguimos fazer a Petrobras se interessar pelo evento. Espero que logo apareça o apoio da iniciativa privada e o festival possa andar com as próprias pernas".

Como nas quatro edições anteriores, os shows aconteceram em três palcos ao ar livre - Lagoa do Iriri, Praia da Tartaruga e Costa Azul - com entrada gratuita. Entre os 20 shows, os brasileiros Naná Vasconcelos e banda, Romero Lubambo, Luciana Souza, Orquestra Kuarup Cordas & Sopro, David Ganc, Dom Salvador e trio, Big Gilson Blues Band e Hamilton de Holanda e Quarteto; pelo lado internacional, Stefon Harris e trio, Ravi Coltrane e trio, Michael Hill Blues Mob, Roy Roger & The Delta Rhythm Kings, Robben Ford e a sensação Soulive, que teve como convidado a figura marcante de Paul Toussaint nos vocais. Para espalhar o clima por Rio das Ostras, a banda Dixie Square Jazz Band apresentou temas clássicos de jazz nos intervalos de cada show. "O festival melhora a cada ano", comemora Mattos.