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Em comunicado, família de Avicii dá a entender que DJ se suicidou: “Não pôde continuar”

“Nosso amado Tim foi um inquieto, uma alma artística frágil procurando respostas para questões existenciais”, diz o texto

Rolling Stone EUA Publicado em 26/04/2018, às 13h55 - Atualizado às 14h10

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Avicii recebe o prêmio de artista favorito - dance music eletrônica no American Music Awards, em 2013, no Nokia Theatre L.A. Live, em Los Angeles - John Shearer/Invision/AP
Avicii recebe o prêmio de artista favorito - dance music eletrônica no American Music Awards, em 2013, no Nokia Theatre L.A. Live, em Los Angeles - John Shearer/Invision/AP

A causa da morte de Tim Bergling, o DJ e produtor sueco que se apresentava como Avicii, foi um provável suicídio. A família dele divulgou um comunicado nesta quinta, 26, dizendo que “ele realmente passou por dificuldades com pensamentos sobre o sentido da vida e a felicidade. Ele não pôde mais continuar. Queria encontrar paz.”

“Nosso amado Tim foi um inquieto, uma alma artística frágil procurando respostas para questões existenciais”, disse a família dele em comunicado. “Um mais do que bem-sucedido perfeccionista que viajou e trabalhou duro em um ritmo que o levou a um estresse extremo.”

Bergling estava na linha de frente do movimento EDM que começou a dominar o universo pop nos anos 2010. A música dele de 2011, “Levels” – com um sample de “Something's Got a Hold on Me”, de Etta James –, tornou-se um hit de grandes proporções e chegou ao topo das paradas em dezenas de países. Em 2013, ele estabeleceu uma parceria com o cantor de soul Aloe Blacc para “Wake Me Up”, música que misturou EDM com country e chegou ao 4º lugar entre as mais tocadas nos Estados Unidos.

Nos anos seguintes, Bergling trabalhou incansavelmente na música dele enquanto colaborava com uma diversidade de artistas, como Coldplay, Madonna, Robyn, Major Lazer e Daft Punk. Ele ainda manteve uma agenda de turnês implacável e, por volta de 2014, estava em terceiro colocado na lista da revista norte-americana Forbes de DJs mais bem pagos do mundo, graças a um faturamento de US$ 28 milhões.

Bergling, no entanto, tinha uma relação complicada com a indústria da música e o próprio sucesso. Ele parou de fazer turnês em 2016, no auge da popularidade, e a família disse que a decisão foi movida por um desejo “de encontrar equilíbrio na vida, ser feliz e poder fazer o que ele mais amava – música.”

“Sei que sou abençoado em poder viajar pelo mundo e me apresentar, mas sobra muito pouco em termos de vida de uma pessoa normal por trás do artista”, Bergling escreveu na época. Ele há tempos ponderava a decisão de parar de fazer turnês e escreveu que estava pronto para obter uma nova perspectiva em uma viagem de carro com amigos pelos Estados Unidos. “Isso realmente me ajudou a perceber que preciso fazer a mudança com a qual venho batalhando há algum tempo”, escreveu.

Em um novo depoimento, a família do DJ evidencia o sentimento ambivalente que Avicii tinha em relação à carreira. “Tim não foi criado para fazer parte dessa máquina de negócio em que ele se encontrava”, escreveram. “Ele era um cara sensível e que amava os fãs, mas que evitava os holofotes. Tim, você será para sempre amado e com muita tristeza sentiremos sua falta. A pessoa que você era, e a música que você fez manterão sua memória viva”.

Bergling foi encontrado morto em Muscate, Omãn, no último dia 20 de abril, aos 28 anos.

“Somos muito gratos por todos que amaram as músicas do Tim, e têm memórias preciosas dessas canções”, a família escreveu no começo da semana. “Obrigado a todos pelas iniciativas em homenageá-lo, com encontros públicos, sinos de igrejas badalando ao ritmo das músicas dele, tributos durante o festival Coachella e momentos de silêncio pelo mundo todo.”

Declaração da família de Avicii

Nosso amado Tim foi um inquieto, uma alma artística frágil procurando respostas para questões existenciais.

Um mais do que bem-sucedido perfeccionista que viajou e trabalhou duro em um ritmo que levou a um estresse extremo

Quando parou de fazer turnês, buscava encontrar o equilíbrio na vida entre ser feliz e poder fazer aquilo que mais amava - música.

Ele realmente passou por dificuldades com pensamentos sobre o sentido da vida e a felicidade.

Ele não pôde mais continuar.

Queria encontrar paz.

Tim não foi criado para fazer parte dessa máquina de negócio em que ele se encontrava. Ele era um cara sensível e que amava os fãs, mas que evitava os holofotes.

Tim, você será para sempre amado e com muita tristeza sentiremos sua falta. A pessoa que você era, e a música que você fez manterão sua memória viva.