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Exclusivo: De Leve ressalta o poder da internet para a cena do hip-hop no Brasil

Em vídeo, o rapper carioca fala a respeito das mudanças na indústria fonográfica

Luciana Rabassallo Publicado em 02/07/2015, às 16h06 - Atualizado às 19h22

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O rapper carioca De Leve  - Reprodução/vídeo
O rapper carioca De Leve - Reprodução/vídeo

Por Luciana Rabassallo

"A música falada, com letra, poética, aproxima as pessoas. É uma mágica misteriosa", garante De Leve, um dos nomes mais respeitados do rap carioca, em vídeo divulgado com exclusividade nesta quinta-feira, 2, através do blog Cultura de Rua, espaço dedicado ao hip-hop no site da revista Rolling Stone.

Emicida expõe a luta de classes e o preconceito racial no impactante clipe de “Boa Esperança”.

No começo dos anos 2000, De Leve formou, ao lado de Marechal, DJ Castro e Shawlin (CachorroMagro), o seminal grupo Quinto Andar. O coletivo conquistou fãs com rimas irônicas, ácidas e engraçadas, como é o caso de "Melô da Propaganda", canção de maior destaque do único disco do coletivo, Piratão (2005).

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Pouco tempo depois, o Quinto Andar chegou ao fim e De Leve decidiu seguir carreira solo. Lançou em 2006 o álbum Manifesto ½ 171, que tem a icônica "Rolê de Camelim", e, dois anos depois, De Love. "Na transição dos anos 1990 para 2000 nós tínhamos uma realidade diferente de agora", afirma o rapper sobre as mudanças na industria fonográfica.

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"Nessa época, havia uma grande diferença entre ser um artista de uma gravadora ou ser um artista independente. E nós já trabalhávamos com a ideia de ser independente e de oferecer downloads gratuitos. Nós pregávamos a liberdade e nos valemos desse meio para divulgar o nosso trabalho", relembra.

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De Leve se afastou dos palcos durante quatro anos após o filho dele receber um diagnóstico de autismo. Nesse período, compôs as canções que formam o EP Estalactite (2014). “Melo da Amônia” foi eleita pelo blog Cultura de Rua como uma das melhores faixas do rap nacional do ano passado.

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A música é uma ode ao “prensado” de baixa qualidade. “Tudo que eu quero é um apertado / Pra fumar na minha insônia / Ter dele sobrando sem parcimônia / Se desse onda eu plantava begônia”, canta Ramon Moreno de Freitas e Silva. Vale também ouvir a versão “Amônia Dub”, faixa bônus do EP.

Veja a entrevista na íntegra abaixo:

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